Sunday, November 18, 2007

"Casa Assombrada" de Vila Formosa, MIlfontes

O autor do blogue junto à Estranha Casa da Vila Formosa - Páscoa 2007

Tive oportunidade de subir várias vezes o caminho íngreme que vai do rio Mira(Vila Formosa), onde há umas casas de uns holandeses, até ao edifício abandonado, a que chamam "casa assombrada".

Esse edifício cor-de-rosa que está no cimo de uma colina, no meio do nada e que tem como companhia uma casa em ruínas, que ainda não sei bem para que servia, foi de uma Graça Campos, nos anos 50. Deve ter sido construído por volta dessa mesma década.

A casa tem uma escada em caracol, uma salinha com biblioteca e talvez...uma cave! Pelo menos foi o que consegui apurar, olhando pela janela, quando ainda não estava tapada por tijolos e ainda tinha lençóis brancos que se moviam e quase voavam com o vento...

O sítio onde está inserida a casa, é silêncioso e o vento é uma constante...O vento conta-me histórias indecifráveis, de tempos muito anteriores à construção do edifício. A família Campos seria alentejana ou de Lisboa? A casa faz lembrar aquelas construções maçonicas, como há muitas em Lisboa e arredores. Naquela altura, nos anos 50, estava muito em voga a arquitectura do Estado Novo, salazarista. Mas esta casa é diferente. Podia colocar esta casa à vontade, em certos países como Alemanha ou Áustria. Pode ter sido a casa de um maçon. como pode ter sido de uma pessoa pertencente a uma sociedade secreta qualquer(Rosa-Cruz; Carbonária; Golden Dawn; O.T.O.)

Qual o objectivo de construir ali naquele sítio "formoso", a uns metros de uma das mais belas cascatas do concelho de Odemira e numa zona verde, protegida, pulmão de Milfontes, uma casa tão sombria? Que segredos esconde a casa? Da cave parte algum túnel que vai dar aos túneis das furnas e grutas lá existentes? Terá a Ordem de Cristo sabido desta zona? Que energias e dimensões desconhecidas se abrem para a humanidade naquele lugar?

Friday, November 2, 2007

Numerologia e Vila Nova de Milfontes

Segundo a tradição Pitagórica da numerologia, todos os nomes têm um número correspondente. Até as localidades!...Até os sítios mais pequeninos!...Fiz os meus cálculos para Vila Nova de Milfontes e deu isto:

V I L A N O V A M I L F O N T E S
4 9 3 1 5 6 4 1 4 9 3 6 6 5 2 5 1 = 2

O número de Vila Nova de Milfontes é o 2.
Tem como planetas Vénus e o satélite Lua, mas nestas tradições conta como planeta.
Uma terra feminina.
O signo é Caranguejo.
Os arcanos do Tarot são a Papisa e o Julgamento.
Terra de pessoas sensíveis; intuitivas; com gostos artísticos e são por norma pacientes.
Dualidade

De notar a quantidade de histórias de sereias que se contam em Milfontes. As grutas e furnas das praias circundantes, como entradas no corpo da Mãe-Terra são evidentes.

Nossa Senhora da Graça - Afrodite? Vénus?

Saturday, August 18, 2007

Os Corvos no Litoral Alentejano


Imagem tirada de http://www.naturlink.pt/

Em Odemira, há o jardim da Fonte Férrea, onde se dão passeios maravilhosos, por entre a mata, ou rumo ao chafariz do qual vêm águas ricas em ferro, avermelhadas, a fazer lembrar as águas de Glastonbury, no Reino Unido...O vermelho associado ao sangue do Cristo Andrógino; ao graal; ou ao sangue menstrual das sacerdotisas de Avalon.
Ora esse jardim era guardado por um corvo há uns anos atrás, o que dava um tom de mistério...Num sítio escondido, junto à casinha do proprietário, com as ferramentas de jardinagem, e junto àquelas árvores bem escolhidas, lá estava o corvo imponente e negro que nem as rochas do litoral!...
É no Alentejo e Algarve, onde há mais localidades e sítios com o nome corvo. No concelho de Odemira temos: Vale Corvo; Vale de Corvo de Baixo; Corvos...No concelho de Monchique temos Foz de Corvos. Temos Monte dos Corvos em Almodôvar...E por aí fora nesse sul tão místico!...
Segundo as lendas e tradições, o corvo sempre foi considerado com poderes sobrenaturais, com capacidade de se transformar em humano e com o dom da profecia. Era do corvo que se faziam amuletos ou talismãs...São Vicente foi levado numa barca por dois corvos até Lisboa. A bandeira de Lisboa tem os corvos e o barco a preto e branco. Os sacerdotes do paganismo de várias regiões faziam-se acompanhar por corvos. Os desenhos animados "Heckel and Jeckel" que tanto animaram a pequenada nos anos 60 e 70 tinham como personagens principais dois corvos. A série de televisão dos anos 90, de David Lynch, "Twin Peaks", tinha uma personagem estranha que se deixava acompanhar por um corvo e que ajudou o agente Dale Cooper na investigação da morte de Laura Palmer.
Mas porque é que no sul de Portugal, e principalmente no concelho de Odemira, há tanta referencia a corvos? Fica a questão em aberto...

Thursday, August 2, 2007

Nestes mares triangulares,
existe uma rede que nos tenta apanhar.
Nós, seres da bruma e do feminino
recusamos um isco sedutor
que vem de cima.
As correntes levam-nos para local incerto,
talvez para o começo de um mundo,
onde as nossas vozes que vêm das profundezas,
são as vozes dos pequenos seres
em luta contra gigantes donos de terras.
Riscamos as águas com lápis de algas
e sem notarmos bem,
há demasiada cor azul que nos entra
pelos corpos ansiosos de aventuras.
Os mares são sinais que uma mulher deixa
e os homens marinhos não alcançam
o centro impulsor marinho
espezinhado pelos gigantes solares...

André

Thursday, June 14, 2007

Lendas de São Torpes - Sines

Lenda de São Torpes, Santa Celarina e do primeiro templo cristão da Europa.

A lenda diz que o corpo lançado ao Arno atravessou meio Mediterrâneo e parte do Atlântico para vir parar a Sines, à costa da Junqueira-Provença [1], no ano de 67.

A lenda tem três versões: 1) a cabeça deu à praia portuguesa e o corpo à praia francesa de Saint Tropez, na Provença – a relação com os topónimos portugueses é evidente; 2) o inverso; 3) a Junqueira recebeu o corpo todo.

Consta que a cabeça do santo está actualmente no mosteiro dos frades mínimos de São Francisco de Paulo, em Itália.

A interveniente feminina da lenda é Celarina (ou Celerina, ou Catarina), uma mãe de família romana, víuva de um governador. Quando o marido morre, retira-se de Évora para Sines. Um anjo avisa-a em sonhos para ir receber o corpo do mártir à praia. Encontra-o na jangada de junco, velado pelo cão e pelo galo.

A parte com interesse histórico da lenda começa aqui. Sobre um corpo santo ou não, terá sido erguido em Sines um dos primeiros templos cristãos da Europa?

Celarina sepulta o cadáver junto da ribeira da Junqueira. Informado por ela, São Manços, bispo de Évora, manda erigir uma basílica no local [Arnaldo Soledade].

Vários autores medievais e modernos referem a existência e falam da importância do templo (Gerfou, Santo Andou, Usuardo, etc.). Alguns descrevem, inclusivamente, as suas qualidades arquitectónicas e artísticas. Muitos colocam-no na posição de primeira igreja cristã europeia (em competição com uma igreja em Saragoça e outra em Avinhão).

Vítor Torres Mendonça, n'"A Jangada de São Torpes", acha pouco crível que o templo tenha existido no local indicado.

José Leite de Vasconcelos acredita que se tomou pelo templo o dólmen da Junqueira.

A ter existido, são apontados dois agentes possíveis para o desaparecimento da igreja: os Bárbaros e os Mouros.

No final do século XVI, o Papa Sisto V ordena ao arcebispo de Évora que se certifique da existência das ossadas do mártir São Torpes na Junqueira-Provença. É descoberto um túmulo de mármore com um esqueleto humano, mas sem cabeça. Uma lápide certifica a autenticidade dos ossos.

As mesmas escavações descobrem um crânio – os trasladores afirmam ser de Celarina.

Um século depois, os ossos são removidos para a Igreja Matriz.

Ao longo dos anos, os devotos vão levando, cada um, a sua costela – e as relíquias, de São Torpes ou não, acabam nos altares domésticos dos sineenses.

Uma ermida erguida a Celarina na ponta leste de Sines, à beira-mar, ainda está de pé no século XVIII. Mas já não no nosso. Em 1969, o historiador Arnaldo Soledade identifica algumas pedras na casa de um particular.

[1] O lugar de São Torpes tem outra lenda. Onde agora existem dunas, houve uma aldeia que, certo ano, uma chuvada de areia soterrou; oito dias depois da tempestade, um galo ainda cantava debaixo da terra.


in http://www.mun-sines.pt/concelho/PC-lendas.htm#Lenda%20de%20S%E3o%20Torpes

Saturday, May 19, 2007

Vila Nova de Milfontes: Princesa do Alentejo

imagem tirada de http://www.rosanevolpatto.trd.br/deusadiana.html


Porque será?

Segundo a lenda da origem de Lisboa, havia uma rainha que governava toda a zona de Ofiusa (terra das serpentes). Ora, Lisboa está na foz do rio Tejo: o rio das tágides, das ninfas que inspiram os poetas. Vila Nova de Milfontes está na foz do rio Mira. Mira pode não ter que ver com mirar (observar). Pode ter uma origem mais antiga, como por exemplo, Mir, que era o nome de um navio fenício. Tambem pode vir de mar: origem de morgaine, maria, morte, moura...


Portanto, Lisboa é a rainha - Lua Cheia - Deméter

Milfontes é a princesa - Quarto Crescente - Artémis

Junto a Milfontes há a Angra da Cerva. A cerva era o animal que acompanhava a Deusa Artémis na caça de pastores solitários. Vila Nova de Milfontes é género feminino, assim como Lisboa.Têm em comum vários arroios ou ribeiros subterrâneos. Lisboa tem a serra do Montejunto a uns quilómetros. Milfontes tem mais perto a serra do Cercal onde está a fonte santa: local onde apareceu a Nossa Senhora (moura encantada?)

A padroeira ou guardiã de Milfontes é Nossa Senhora da Graça...Mais uma vez, uma referência a uma entidade invisivel feminina que guarda as chaves do mundo intraterreno de Milfontes...

Angra da Cerva (Vila Nova de Milfontes) e Torre de William B. Yeats (Gort- Irlanda)

Angra da Cerva - Vila Nova de Milfontes - Google Earth


Estes dois sítios ficam no mesmo meridiano. As coisas que se descobrem pelo Google Earth...Angra da Cerva, em Vila Nova de Milfontes, que era local de meditação para um frade há uns séculos atrás. O castelo de William Yeats, o poeta e místico (situado perto de Gort, Irlanda) que era local de reuniões entre Yeats; uma Lady Augusta Gregory e figuras destacadas daquela região. Yeats e Augusta fundaram depois o Irish Literary Theatre. Esse castelo ou torre foi inspiração para a poesia de Yeats. Nos meus sonhos, eu vejo uma torre com um gigante na Angra da Cerva, como se houvesse uma ligação mágica ou invisível entre o litoral alentejano e a Irlanda.

Wednesday, May 16, 2007

Atlântida vista da Choupana...

A Choupana, em Milfontes. Lá ao fundo podemos imaginar tudo...


Lembro-me de em pequeno ir até à Choupana, à Foz do rio Mira, e de ter tido uma experiência que diria subjectiva, mas ao mesmo tempo importante para todos...Chegado à Foz, fechei os olhos por uns segundos; respirei fundo e imaginei lá ao fundo no horizonte depois da Pedra da Foz, mesmo onde não poderia alcançar a vista, um continente, com umas montanhas muito altas e um castelo enorme. Lembro-me que foi em 91...Vivia momentos de liberdade e alegria com os meus amigos...E a ida ao farol, para mim, era uma cura.

Sunday, May 13, 2007


Pedra da Pegada, São Torpes - Imagem tirada do Google Earth

Pedra da Pegada (São Torpes - Sines)

A caminho da praia de São Torpes, para quem vem de Porto Covo, pouco depois do Burrinho, há no mar uma rocha com um nome curioso: Pedra da Pegada...Ainda não tive oportunidade de ir investigar o sítio. Que lenda ou história se conta dessa rocha? Sabemos que no norte, em Gulpilhares, Vila Nova de Gaia, construiu-se até um templo numa rocha onde diz a lenda que a Virgem Maria apareceu montada numa mula e que deixou pegada...Gaia: Deusa da Terra. Mas voltemos à Costa Alentejana. Que pegada será essa? De um dinossauro? Da Virgem? De uma divindade? De uma heroína que veio por mar juntamente com as suas amazonas invadir o litoral alentejano? Fica em aberto...

Wednesday, May 9, 2007

Milfontes: Fonte de Mel?

Mellifont Abbey

Imagem tirada de:
http://www.karott.com/ireland/journal_2002.asp


Segundo alguns autores, Vila Nova de Milfontes assim se chama, não devido a ter mil fontes, mas devido a uma provável fonte de mel: zona de mel, que muitas pessoas apreciavam. Será que há uma ligação entre Milfontes e a Abadia de Mellifont, na Irlanda? Segundo a lenda também havia muito mel nessa zona. Já o conhecimento ou gnose entrava nos místicos como mel. E o famoso hidromel, relatado nas "Brumas de Avalon", da Marion Zimmer Bradley? (Bebida tomada pelas sacerdotisas de Avalon...)

Já sabemos que no concelho de Odemira poderá ter existido uma mamoa (monte das fadas). Portanto os celtas, ao contrário do que a maioria pensa, esteve mais presente na costa alentejana. Porque razão tantos ingleses arranjam casa ou um monte típico junto dos prados alentejanos? Não será que faz lembrar os campos do sul de Inglaterra? Não haverá reminiscências nessas pessoas de lendas, arquétipos, antigas alianças entre as tribos do litoral alentejano e os celtas? Para além dos contactos que o litoral alentejano teve com árabes, fenícios e romanos, que também foram muito importantes para o desenvolvimento de uma cultura.

Monday, May 7, 2007

Capela de Nossa Senhora do Mar - Zambujeira do Mar

Antes de ter sido construída a capela, poderá ter sido nesse sítio (alto de uma falésia) local de culto a Astarte: Deusa fenícia dos navegantes. Astarte também era venerada no sítio da Nazaré e sobretudo em sítios de falésia junto ao mar, a lembrar a viagem dos mortos rumo a oeste e as profundidades ctónicas do mar (feminino), onde a humanidade colocava todos os monstros, medusas, deusas terríficas...

Nossa Senhora do Mar também é a padroeira de Zambujeira do Mar

Sunday, April 15, 2007

Ovni que foi sentido em Sines e arredores - 2005

Sines no litoral Alentejano, a cerca de 180 Km de Lisboa, um dos portos com águas mais profundas e terra de refinarias e industrias pesadas, têm-se tornado palco dos mais vastos avistamentos de ovnis nos últimos anos, quase que se pode dizer ser Sines a Meca dos ovnis Portugueses.

Ontem domingo 10 de Abril de 2005, Abel Moreira, Carla Batista e Luís Aparício estiveram de visita aos nossos colaboradores Nuno Alves e Sílvio Guerrinha. Fizemos um percurso turístico, visitamos os diversos locais onde se deram avistamentos recentes e pelas 18 horas voltamos para Lisboa.


Pelas 22 horas somos confrontados pelo Nuno Alves, pessoa que nos merece o maior grau de creditibilidade, com a seguinte informação:

Lúcia, esposa do Nuno Alves, estava à janela a estender a roupa, deveria ser cerca 21.30 horas e vê passar na lentamente uma luz enorme, em forma de charuto e com a parte dianteira ovalada. Esta cabeça emitia uma luz muito forte provocando encandeamento onde também emitia flashes e raios em várias direcções para a atmosfera ao seu redor permitindo com estes raios e flashes observar o seu vulto (formato).
De imediato chama pelo marido. Verifica então que outras pessoas estavam também a ver o mesmo.
O fenómeno deslocava-se a cerca de 3.000 metros de altitude e teria cerca de 40 metros de comprimento.
O avistamento terminou eram 21.48 horas horas.

Incrível explosão em Sines e arredores

Hoje segunda feira 11 de Abril de 2005 às 17,09 horas, registou-se duas explosões gigantescas em Sines. Estas explosões registaram-se na atmosfera tendo o seu estrondo durado cerca de 4 segundos cada uma. Em contacto com os bombeiros soubemos que receberam inúmeras chamadas de pessoas alarmadas. Também a Protecção Civil de Sines foi muito contactada. As diversas fábricas em Sines tiveram os seus alarmes disparados.
Na fábrica da Repsol, antiga Borealis, que produz plásticos, um reactor enorme cilíndrico, rebentou e lançou para a atmosfera muito fumo, tendo de seguida ficado inoperativo. Não há conhecimento de outros danos, nem se encontra explicação para estas explosões na atmosfera.
O barulho foi ouvido em Santiago do Cacem , Cercal do Alentejo, Sines ,Porto Covo, Melides entre outras localidades !
Em Melides que fica a 30 Km a Norte de Sines, as casas abanaram com os estrondos, tal foi a sua intensidade e duração.
Ainda segundo Nuno Alves, um dos nossos colaboradores em Sines, foram visto dois objectos ontem (2005/04/11) no Cercal do Alentejo a alta velocidade, sendo possivelmente estes que provocaram os dois estrondos alertando as populações vizinhas ! As pessoas residentes no Cercal, não dão a certeza de ser aviões ou outros objectos quaisquer.

Explicação para os dois estrondos em Sines. Os dois fortes estrondos que, anteontem, assustaram as populações do litoral alentejano foram causados por dois aviões F-16, ao ultrapassarem a barreira do som, disse, ontem, à agência Lusa, o porta-voz da Força Aérea, coronel Carlos Barbosa. Não se registaram danos. Os dois caças descolaram da Base Aérea de Monte Real, onde estão estacionados, para prestar apoio a um avião que estava com dificuldades de comunicação, acrescentou. Atendendo à emergência da situação, que aquele responsável militar se escusou a revelar, os aviões terão ultrapassado a barreira do som mais perto de localidades do que fazem habitualmente nos exercícios. Os enormes estrondos produzidos foram ouvidos numa extensa faixa de cerca de 100 quilómetros, entre Santiago do Cacém (Alentejo Litoral) e Aljezur (Algarve), disse o comandante Nazário, dos Bombeiros de Odemira, outra das localidades onde soaram os estampidos. Quando aviões supersónicos, como é o caso do F-16 (que atingem quase 1500 quilómetros/hora), ultrapassam a barreira do som (cerca de 1150 quilómetros/hora) produzem ondas de choque que causam um barulho semelhante a uma explosão. O porta-voz da NAV Portugal, que gere o tráfego aéreo, negou que a situação tenha sido uma emergência.

Ficamos baralhados a NAV diz que não havia emergência nenhuma e a FAP andou a velocidades que fez abanar as casas e provocou danos em fábricas. O que é que a FAP andava a perseguir, seria um avião em dificuldades ou algum ovni, tão comum neste região do Alentejo?

Força Aérea recusa informar Segundo o Jornal O Público, a Força Aérea Portuguesa, recusou-se a responder à pergunta que tipo de avião era esse que estaria em apuros de comunicação, dizendo que isso é segredo e não poderá ser revelado. Nota-se assim que que o mistério aumenta com esta recusa de informação por parte da F.A.P.

in
http://www.apovni.org/modules.php?name=News&file=article&sid=157


Moinho da Mamoa (A Caminho de Odemira)

No rio Mira, margem esquerda, antes de se chegar a Odemira, junto ao Cerro Alto, havia um moinho de água doce conhecido como moinho d'Além, mas do qual já não há vestígios. Esse moinho, muito provavelmente, terá tido outro nome: moinho da Mamoa.

Indo a um dicionário ver o que significa a palavra mamoa, deparamos com isto:

Mamoa: montão de terra que cobre antas ou túmulos pré-históricos.
Uma mamoa ou tumulus é um montículo artificial de terra, revestido por uma couraça de pequenas pedras imbricadas, que cobre uma câmara dolménica. O dólmen, escondido debaixo de uma colina artificial (a mamoa), era como um «útero» abrigado do olhar, onde se colocavam relíquias «no interior da terra». Podemos imaginar que essa deposição de relíquias funerárias seria, a nível de significação simbólica, como que um regresso de um humano ao útero do ventre materno da Terra Mãe.

Logo, esse local será um monte das fadas? Ou um lugar de refúgio para magos e feiticeiras?

Saturday, April 14, 2007

Ilha do Pessegueiro (Porto Covo - Sines)

Como denuncia o seu nome nos itinerários antigos - Poetanion -, a ilha do Pessegueiro possui um passado púnico ou cartaginês. Mas o seu protagonismo, derivado de questões estratégicas em termos de navegação, mormente por tratar-se de ponto certo de abrigo para os navios atendendo ao estreito canal que forma com a costa vizinha - e que servia de fundeadouro -, fez da ilha um local reutilizado pelos Romanos. Mas é certo, segundo as investigações de Carlos Tavares da Silva e de Joaquina Soares, que a ilha só volta a animar-se a partir do século I d.C. Funcionando como porto de abrigo, é igualmente lugar de produção industrial, pelo menos desde o século II d.C. A especialização industrial dá-se nos séculos III-IV d.C., sendo cada vez mais importantes as ligações desta ilha a Sines, a Cetóbriga e Tróia. Na costa agrupa-se um conjunto significativo de cetátrias para o fabrico de salga de peixe. No século XVI foi ensaiada a construção de um novo cais, que foi gorada, restando os vestígios da tentativa. Assinale-se, por fim, a existência de uma pequena pedra isolada no meio do mar, na vizinhança imediata da ilha do Pessegueiro, sugestivamente chamada «Pedra da Mula», o que revela uma identidade toponímica com a Pedra da Mula ou Pedra da Mua do cabo Espichel e reforça a convicção de que estamos perante uma palavra cujo étimo - ou radical Mu - recua a tempos pré ou proto-históricos, deignando, nestes casos, «alto» ou «penhasco» (como o Mull britónico).


in Enciclopédia dos Lugares Mágicos de Portugal, de Paulo Pereira


De notar também que a serra do Caldeirão, onde nasce o rio Mira é também a serra de Mu.

Thursday, April 12, 2007

Lenda da Mandorelha - Casa das Heras - Cercal do Alentejo (Santiago do Cacém)

Existe ainda hoje a casa denominada a “casa das heras” que segundo se diz, antigamente funcionava como uma espécie de cativeiro. Tinha uma enorme porta em ferro e uma abertura para um outro lado onde, noutros tempos, existia uma espécie de queda de água revolta, e que hoje não passa de um pequeno curso de água calma.
Mas, a lenda diz-nos que uma rapariga foi presa na “casa das heras” tendo o seu pai lançado a chave para a queda de água, sendo este o sinal que a rapariga jamais sairia de lá com vida.
Nos primeiros tempos de cativeiro ouvia-se a rapariga cantar e via-se pentear junto à abertura que dava para as águas revoltas e os campos verdejantes. Depois calou-se e não deu mais sinal de vida.
Muitos anos depois alguém conseguiu entrar na casa e a única coisa que viu foi o chão gasto pela rapariga, de tanto andar o mesmo percurso. Tentou então encontrar alguns
vestígios da falecida, mas nada viu. E não soube se ela escavou a sua própria cova ou se se atirou às águas.
Apenas se sabe que apartir daí, num certo dia do ano, a rapariga aparecia à janela, a pentear-se com um pente de ouro.


in http://www.eb23-cercal-alentejo.rcts.pt/Cercal/Lendas-menu.htm

Vou passar a pôr também material referente ao concelho de Santiago do Cacém, nas proximidades com os concelhos de Sines e de Odemira.


Wednesday, April 11, 2007

A História da Princesa Má (Zambujeira do Mar)


Era uma vez uma princesa muito má para os pais, aias e criados. Quando saía do castelo era mal educada para com os populares que a saudavam, no reino ninguém gostava dela por causa da sua maldade.

Os reis muito tristes com as atitudes da filha reuniram as fadas e os conselheiros reais afim de procurar solução para o caso da menina má. Quando estavam na reunião a fada do Bem pediu autorização para levar a princesa para o seu «Palácio Encantado», pois aí lhe daria uma boa lição e a transformaria numa pessoa de bem. Os pais deixaram-na ir!

Chegada ao palácio no interior do Palheirão, ficou muda perante tanta beleza, pois este é todo revestido de conchas de madrepérola e corais, com lagos onde brincam pequeninos peixes de lindas cores, e jardins onde esvoaçam borboletas de asas de ouro!

Apesar de tanta admiração perante tanta beleza, a sua cabecita má, começou logo a arquitectar um plano maquiavélico para se vingar da fada madrinha, porém os seus intentos caíram por terra ao ver-se completamente só, apenas uma sombra a acompanhava, à noite ouvia o barulho das ondas do mar a desfazerem-se no Palheirão chorava de medo, por fim começou a suplicar que a tirassem de lá, pois passaria a ser boa para todos.

Um grande temporal aliado à fúria das ondas arrasta um barquinho para as proximidades do Palheirão, o pescador que nele seguia ouvir o choro da princesa julgou ser um náufrago aflito, subiu o rochedo não viu ninguém, porém agora ouvia mais nitidamente o choro, impressionado e impotente pôs-se a chorar, uma cegonha que sobrevoava aquela zona ao ver as lágrimas no rosto do jovem, puxou com o bico a argola que abria a porta secreta sob um tufo de algas, aberta mesma introduziu o rapaz, ficando este extasiado com tudo o que viu, em especial com a beleza da jovem que tinha perante os seus olhos.
Ajudados pela cegonha, após a princesa jurar solenemente que jamais seria má, os jovens foram para o castelo real, os reis ficaram muito felizes com a chegada da filha, fizeram uma linda festa, a que assistiram as fadas e o povo, o pescador aproveitou o ensejo e pediu a princesa em casamento, deixando o rei muito feliz e honrado com o seu pedido pois sabia que todo esse plano fora arquitectado pela fada madrinha.

O casamento realizou-se ao fim de poucos dias, à cerimónia além de todo o reino e das fadas assistiram os reis dos países vizinhos, e para surpresa de todos vindos dum reino muito distante vieram os pais do noivo, que ao ver o filho ficaram muito felizes pois perderam as esperanças de voltar a ve-lo porque todos os marinheiros que o acompanharam na expedição em que se perdeu, regressaram ao país sem noticias suas. Foi um dia muito lindo!

Os principes foram muito felizes graças à lição que lhe deu a fada madrinha. A Cegonha após cumprir a missão voltou para a Zambujeira do Mar onde embora muito velhinha, guarda a porta do palácio encantado no interior do palheirão e conta a história da princesa má aos pentanetos dos seus pentanetos.

da mirrósa


in http://www.saoteotonio.net/lendas.html




Monday, April 9, 2007

Monte das Sete Chaminés (Milfontes)

Os Escalabardos e o Homem-Serpente (Vila Nova de Milfontes)

Os escalabardos são bichos com uns olhos grandes, que todas as noites, empoleiram-se nos muros das casas a espreitar pelas janelas. Têm fama de assustar as pessoas, principalmente as crianças que não comem tudo ao jantar.


O Homem-Serpente é um ser que se esconde nos canaviais da zona até ao sol nascer. Espera pelas suas vítimas: pessoas que vão para as suas (deles) casas sozinhas, todas as madrugadas. Geralmente o Homem-Serpente tem apetite por pessoas frágeis e medrosas.

Sunday, April 8, 2007

Zona dos Medos (Vila Nova de Milfontes)

Esta zona que abarca a zona dunar junto ao farol de Milfontes e o casario por detrás do Bar Turco é assim chamada devido às noites serem assustadoras. Conta-se que em certas noites apareciam homens a arrastar correntes pelo chão. Ouvia-se o barulho das correntes. Outras aparições dignas de nota são as de homens e mulheres, também à noite, em panos ou túnicas brancas. Tudo na zona dos Medos.

Saturday, April 7, 2007

Historia da Cobra que Aparecia à Noite (Concelho de Odemira)

Em certas noites uma cobra descia do telhado de uma casa e ia ter com uma senhora, no quarto, onde estava deitada com uma bebé: a sua filha.
A cobra aproximava-se da mãe e mamava-a. Logo a seguir um homem encontrou a cobra no telhado e conseguiu matá-la.

História gentilmente cedida pela Dona ?

Apesar de curta, esta história remete para o simbolismo fálico da cobra que busca o ser feminino. É muito comum em várias regiões do país.

Tuesday, April 3, 2007

Ermida da Cela e Angra da Cerva (Milfontes e Limites da Freguesia do Cercal)

Segundo o professor e historiador António Martins Quaresma existe uma ermida abandonada no limite da freguesia do Cercal do Alentejo (Ermida da Cela) que foi retiro de um Frei Bernardino. Esse frade fugiu de Xabregas, do bulício da corte para se dedicar à contemplação da natureza e à meditação. Conta-se que estava sempre enfiado na Angra da Cerva: uma baía ou enseada pequena de difícil acesso, a norte do Porto das Barcas, que proporcionava um enorme misticismo.
Junto a ermida de Santo António da Cela, havia casas anexas, onde viveram alguns frades.

Mais recentemente a ermida da Cela foi reconstruída por uma família de ingleses, nos anos 80, que também se entregava à natureza e às coisas simples da vida...Dessa família fazia parte um escritor, mas pouco se sabe, porque voltaram para o Reino Unido.


A Angra da Cerva é o sítio onde nos meus sonhos coloco um castelo negro com torres bem altas. Talvez os rochedos enormes ajudem a essa ligação que faço. É de notar que para além de ser dos poucos sítios em Portugal onde há esse nome (cerva ou cervo), a cerva era o animal que acompanhava a Deusa Diana nas caçadas, em busca dos pastores solitários. Logo a cerva está ligada ao lunar, à noite e ao telúrico. Será que Frei Bernardino ia em busca da Anima perdida? Realmente aquele sítio tem muito de locus horribilis e de tremendus. Sente-se o abismo e a entrada num outro mundo. Como se houvesse ali uma porta para outra dimensão.

Sunday, April 1, 2007

Mar-de-Leva (texto dedicado à vila de Sines)

chegaram as máquinas para talhar a cidade que vem
das águas cresce a obra do homem, ouve-se um lento grito d'espuma e suor
na memória ficaram os sinais dos bosques ceifados, as dunas desfeitas e algumas
casas abandonadas
estenderam-se tubos prateados, onde escorre o negro líquido
levantaram-se imensas chaminés, serpenteiam auto-estradas na paisagem
irreconhecível do teu rosto

onde estarão as tâmaras maduras de tuas palmeiras?
e o perfume intenso das flores debruçando-se ao sol?
que murmúrio terão as pedras do teu silêncio?

a memória é hoje uma ferida onde lateja a Pedra do Homem, hirta como
uma sombra num sonho
e as aves? frágeis quando aperta a tempestade...migraram como eu?
aonde caminhas, Doce Moura Encantada?

ouço o ciciar dos canaviais dentro do sono, adivinho teu caminhar de beijos
no rumor das águas
tuas mãos de neve recolhem conchas, estrelas secretas, luas incendiadas...
que o mar esconde na respiração das marés

estremecem-me nas mãos os insectos cortantes do medo, em meu peito
doído ergue-se esta raiva dos mares-de-leva


Al Berto

Saturday, March 31, 2007

O Canal de Milfontes e as Dunas...

Na freguesia de Vila Nova de Milfontes, entre a praia do Malhão e o Portinho do Canal, há uma zona que diria mesmo virgem. Quando se sai do restaurante Portinho do Canal e se caminha para norte, há ali um miradouro. Desse miradouro, em vez de se ir pela estrada para a vila, entra-se pelas dunas e consegue-se avistar daí falésias enormes e grotescas, que mais parecem vestígios de um castelo com uma torre enorme. Talvez a versão sul do castelo do rei malvado da Boca do Inferno em Cascais...Aí nessa zona o mar bate com muita força e ouve-se o seu grito de revolta. Há grutas junto a esse mesmo mar e as algas castanhas que vão dar ao pequeno areal parecem ser os enfeites das sereias que aí abundam (como contava o meu professor de História, em Milfontes). Saíndo dessa zona de finisterra e ctónica, indo em direcção à vila é de notar a "casa das sete chaminés", que se vê da estrada do canal. É uma casa em ruínas que tem o seu quê de mistério. Contou-me alguém da vila que era a casa das mouras encantadas. Era nesse sítio que as mouras teciam os destinos daquelas gentes do sul. Para além de que tem o número místico sete (sete saias; sete bruxas; sete olaias; sete colinas; sete luas; sete sois) e fazia-se um belo pão divino nessa casa.

Thursday, March 29, 2007

Nomes Curiosos de Localidades no Concelho de Odemira

-Fonte do Corcho Velho
-Fonte do Corcho Novo
-Fonte Ferrosa
-Fonte Rosada
-Fonte do Coxo
-Mata Cabras
-Mau Ladrão
-Mau Tempo
-Neves
-Foz do Vale da Rosa
-Guerreiras
-Monte das Covas
-Portela do Vale Negro
-Caldeirão
-Torgal
-Cova da Zorra
-O Mal Julgado
-Castelão
-Boa Mulher
-Zorra de Estômbar

Tuesday, March 27, 2007

Sines Arqueológica

Os Cinetes ou Kunetes

O nome de Sines poderá derivar do étimo latino sinus, que designa «baía» - o que é muito provável -, ou, segundo Arnaldo Soledade, de um povoamento proto-histórico promovido pela tribo dos Cinetes (ou Kunetes) - já identificados por Rufus Festus Avieno -, nome tribal ligado, mesmo que indirectamente, e do ponto de vista filológico, ao radical KN, relacionado igualmente com a palavra «oKeaNos», o que justificaria a sua relação quase que «genética» com os territórios costeiros e as finisterras lusitanas. O nome de cabo Cinético, porém, é dado por Avieno ao cabo de Sagres.

Fenícios e Púnicos

A sua situação de cabo proeminente e a localização que lhe permitiria um bom domínio da costa ocidental do Alentejo, com boas terras no seu hinterland, terão estado na origem de um estabelecimento costeiro fenício, cartaginês ou púnico. Se outros testemunhos não houvesse, já o nome pelo qual Avieno identifica na Ora Marítima ou Orla Marítima a pequena ilhota do Pessegueiro, ao largo de Porto Covo e a cerca de 10 km para sul, dando-lhe o nome de Poetanion (o que sugere topónimo de origem púnica), acaba por denunciar a presença cartaginês. Mas o mais importante vestígio é o chamado «Tesouro do Gaio», de cerca de VII a. C., um dos mais importantes conjuntos de joalharia ibérica proto-histórica. Os recursos minerais do Baixo Alentejo ( Cercal, Aljustrel), mas também os recursos tintureiros do mar de Sines, onde se encontra o molusco «Thais haemastona», utilizado para a extracção de púrpura, matéria sempre cara aos púnicos (não por acaso autodenominados «vermelhos»...), teriam levado à fixação cartaginesa.

in Enciclopédia dos Lugares Mágicos de Portugal, de Paulo Pereira

Sunday, March 25, 2007

Lenda do Pego das Pias



Conta a lenda que um lavrador tinha uma filha, que era a menina dos seus olhos. Certo dia a filha adoeceu gravemente. O pai, como a filha era a melhor coisa na sua vida, prometeu a um Santo uma junta de bois e uma grade de ouro se a filha ficasse boa.

A filha curou-se, mas o lavrador não pagou o que tinha prometido.

Como a sua filha tinha o hábito de ir beber água no Pego das Pias, que era também onde os bois iam beber, a filha do lavrador ficou encantada.

Só quem for capaz de segurar a grade de ouro e os bois que vêm ao cimo da água, na manhã de S. João, poderá desencantar a filha do lavrador.

Dizem que muita gente já viu a grade e os bois, mas nunca ninguém conseguiu segurá-los.

Monday, March 19, 2007

Decidi criar este blog, com o objectivo de divulgar o maravilhoso da Costa Alentejana, algo esquecido. Para isso, espero receber lendas, contos, histórias estranhas que se tenham passado nesta região ou que sejam arquétipos no subconsciente de um povo que se dedica há séculos, e talvez milénios à pesca; agricultura; trabalhos mineiros; moinhos...Enviem-me para os comentários do blog, ou então para o meu mail: prisciliano@portugalmail.pt - Esta recolha de lendas só é válida para os concelhos de Odemira e Sines!
Um abraço fraterno!